Embora Didier Drogba tenha nascido na Costa do Marfim, a         Inglaterra é quase uma segunda casa para o atacante. A estrela         da seleção africana, segundo adversário do Brasil na Copa do         Mundo, é ídolo do Chelsea e mora em Londres há seis anos. Foi no         clube inglês que Drogba evoluiu para se tornar um dos melhores e         mais temidos atacantes do mundo. E, para azar da seleção         brasileira, deve chegar à Copa da África em alta. Muitos         jornalistas ingleses consideram que o jogador passa pelo melhor         momento da sua carreira.
      
     - Em alguns momentos ele é impossível de marcar. Sua forca física         não é igualada por nenhum outro atacante no mundo e ele melhorou         muito tecnicamente, está jogando mais para o time. Quando         chegou à Inglaterra, ele estava desesperado para mostrar que era         um grande artilheiro. Agora, que todos já reconhecem nele um         excelente atacante, sua autoconfiança aumentou demais - analisou         Duncan Castles, do jornal inglês “The Sunday Times”.
      
     Para a sorte da seleção brasileira, Drogba também tem dias ruins.         Na última quarta-feira, no amistoso entre a Costa do Marfim e a         Coreia do Sul, no Loftus Road, em Londres, o atacante não foi         nem sombra do temido jogador do Chelsea. Com atuação apagada,         ele viu a seleção perder por 2 a 0 para os asiáticos.
      
     A chave para anulá-lo pode ter sido descoberta justamente pelo         treinador que o levou para o Chelsea e agora está no         Internazionale de Milão: José Mourinho. Se Dunga assistiu à         última partida entre as duas equipes, vencida pelo Inter por 2 a         1, pelas oitavas de final da Liga dos Campeões, viu que Mourinho         tratou de cercar Drogba de defensores e designou justamente o         capitão da seleção brasileira, Lúcio, para disputar as bolas         altas com o atacante. Uma tática que os coreanos também         utilizaram no amistoso.
- O único ponto fraco de Drogba é que ele pode ficar bastante         frustrado quando é marcado de perto ou não recebe os passes que         ele precisa. O Brasil pode ter uma chance de explorar essa falha         de temperamento já que a Costa do Marfim provavelmente não tem         como servir Drogba com bolas na frente tão bem como o Chelsea         faz – explicou o repórter Kevin McCarra, do jornal britânico         “The Guardian”.
      
              Faltas e patriotismo: qualidades de Drogba     
      
     Duncan Castles também ressalta que Drogba cobra faltas com         extremo perigo para o goleiro e é um reforço fundamental para a         defesa do Chelsea em bolas paradas, sendo o jogador que dá o         primeiro ataque às bolas cruzadas pelos adversários na área do         clube inglês. Com um time mais alto e agora temido também por         suas jogadas aéreas, a seleção de Dunga pode acabar tendo         problemas com o marfinense onde menos espera.
      
     E, para quem acha que longe do talento que o cerca no Chelsea, o         atacante não será o mesmo, Drogba espera compensar a ausência de         qualidade técnica na sua equipe nacional com um outro sentimento.
      
     - Ele é incrivelmente patriota. Tem muito orgulho de defender o         seu país e sabe que uma vitória ou ate mesmo um empate contra o         Brasil seria um resultado histórico para sua nação - ressaltou o         jornalista do “Sunday Times”.
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